O número de emplacamentos de implementos rodoviários no mercado brasileiro no primeiro semestre de 2021 foi semelhante ao apurado no mesmo período de 2014. Este ano, a indústria registrou 76.668 unidades ante 76.947 daquele ano. “O desempenho do setor cada vez mais se aproxima dos anos históricos de melhor desempenho”, comemora José Carlos Spricigo, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).
No balanço do primeiro semestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado, o setor registra 56% de variação positiva. O segmento de reboques e semirreboques somou 44.879 unidades emplacadas, crescimento de 68%. No segmento de carroceria sobre chassis foram entregues 31.789 produtos, alta de 42%.
A curva positiva está ligada ao ritmo de recuperação dos negócios. Todos os 21 segmentos de mercado apurados pela ANFIR (14 de rebocados e sete de carroceria sobre chassis) estão com variação positiva. “O indicador mostra que a recuperação da economia abrange os mais diversos segmentos, com destaque para o agronegócio e a construção civil”, explica Spricigo.
Dentre os modelos rebocados, o mais vendido foi o basculante, com 11.903 unidades, incremento de 97,8%. A alta mais expressiva, de 124%, foi apurada em baú carga geral, chegando a 5.477 emplacamentos, seguido por modelos para transporte de toras, com 112%, e total de 869 produtos. Na linha leve, de carrocerias sobre chassi, os baús de alumínio e frigorífico somaram 13.670, avanço de 40%. O modelo betoneira teve a maior elevação, de 134%, para 769 unidades.
No entanto, a expectativa é que o atual ritmo não se sustente no segundo semestre. Um dos fatores é a pressão dos aumentos aplicados em insumos básicos para a atividade do setor, como o aço, que responde por 70% das matérias-primas utilizadas na fabricação dos produtos da indústria de implementos rodoviários. “Reajustar insumos em pleno momento de recuperação da economia seguramente afetará o desempenho, porque não há como repassar aos clientes, nem absorver internamente”, alerta Spricigo. Outro aspecto que pode reduzir o ritmo de emplacamentos é o desabastecimento de insumos e componentes. A projeção inicial feita pela ANFIR em janeiro era de desempenho positivo entre 8% e 10%. “Diante deste cenário ainda não temos como apontar uma nova projeção”, pondera.
EMPLACAMENTOS NOS PRIMEIROS SEMESTRES
2021 – 76.668
2020 – 49.137
2019 – 56.275
2018 – 38.647
2017 – 25.307
2016 – 31.845
2015 – 45.894
2014 – 76.947