Até novembro, atividade acumula 137.877 emplacamentos, pouco abaixo do
mesmo período de 2022
Redação TranspoData
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A indústria nacional de implementos rodoviários poderá vender 150 mil
produtos ao mercado interno neste ano. O acumulado de janeiro a novembro de
2023 chega a 137.877 unidades, recuo de 2% sobre igual período de 2022,
representando média mensal de 12,5 mil emplacamentos, dos quais 7,5 mil são
veículos pesados e 5 mil leves. A projeção para o ano é de 90 mil e 60 mil,
respectivamente, abaixo das 154,7 mil unidades entregues em 2022. “Mesmo
com provável menor número de emplacamentos, a indústria terá um ano bom
para seus negócios”, avalia José Carlos Spricigo, presidente da Associação
Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários. No acumulado de 11
meses o recuo é de 2%.
A configuração com 4º eixo, por sua maior capacidade de carga e adaptação
às necessidades operacionais, é apontada pelo dirigente como um dos
responsáveis pela rentabilidade dos negócios. Outro fator importante foi o
mercado de aluguel. “O operador logístico entendeu que alugar um implemento
rodoviário é uma opção viável”, explica.
O volume de emplacamentos foi menor em novembro na comparação com outubro.
Foram 12.790 produtos ante 13.911. A causa está no menor número de dias
úteis em novembro e mais emendas de feriado. “Os dias parados afetam as
vendas e a atividade industrial, reduzindo o ritmo de produção”, assinala
Spricigo.
A previsão do Banco Central, expressa no boletim Focus divulgado no dia 4
de dezembro, indica que o PIB do ano deverá ser de 2,84%. Para 2024, a
expectativa da autoridade monetária é que o crescimento da economia
brasileira seja de 1,5%. A taxa Selic, reduzida nesta semana para 11,75%,
tende a cair para 9,25% no final de 2024. “São perspectivas boas, mas
insuficientes para assegurar crescimento estável. Precisamos de mais
políticas voltadas ao desenvolvimento da indústria, rigor nos gastos
públicos e suporte para reduzir a inadimplência e o endividamento das
empresas”, observa.
Em 11 meses, o segmento de reboques e semirreboques consolidou alta de
9,5%, com 82.438 emplacamentos. Os resultados mais expressivos estão
concentrados nas famílias de tanques inox e carbono. O primeiro avançou
150%, para 630 unidades, e o segundo, 45%, para perto de 6 mil. Os modelos
graneleiro/carga seca tiveram crescimento de 45,5%, somando 19.283
emplacamentos, ficando ainda mais próximos do líder, o basculante, que
cedeu 0,35%, com 22.515 unidades. O modelo florestal apresenta o pior
desempenho, com recuo de 35%, para 2.384 emplacamentos. Das 14 famílias,
cinco apresentaram desempenho negativo.
Dentre as carrocerias sobre chassi, apenas dois avançam no ano. O melhor
desempenho é do baú lonado, com 340 emplacamentos, e alta de 6,5%. O mais
vendido, o baú alumínio/frigorificado, teve alta de 1%, totalizando 22.480
unidades. O pior resultado é do modelo betoneira, com declínio de 34% e
venda de 962 produtos.
No mercado externo, a indústria obteve resultado positivo de 6%, no período
de janeiro a outubro. Foram 4.784 embarques.