Modelos leves reassumem liderança no segmento de implementos rodoviários
Roberto Hunoff
Foto Banco de Dados, Divulgação
O número de emplacamentos de implementos rodoviários no primeiro semestre do ano apresentou queda de 4,2% na comparação com igual período de 2024. Foram entregues 72.183 unidades ante 75.351. O resultado tem relação direta com o segmento de veículos pesados, com baixa de 19,8%, somando 35.831 unidades vendidas ante 44.664 do primeiro semestre do ano passado.
O segmento leve, de carrocerias sobre chassi, mantém desde o início do ano um movimento de crescimento, que chegou a 18,5% no semestre. Foram entregues 36.352 produtos ante 30.687 do mesmo período de 2024. “Recuo não é boa notícia, mas se há algo a se pontuar é termos um semestre com a manutenção da curva positiva de vendas da linha leve. Enfrentamos um momento em que é necessário nos mantermos resilientes e focados nas melhores competências, porque são nelas que nos apoiaremos para superar os obstáculos atuais”, avaliou José Carlos Spricigo, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
No segmento de veículos rebocados, sete linhas apresentaram saldo negativo. A queda mais expressiva, de 42%, foi registrada nos modelos dolly, com 2.827 unidades. Produto de maior venda, o graneleiro/carga seca fechou com baixa de 39%, com 6.360 emplacamentos. Outras sete linhas tiveram resultado positivo. Mais expressivo, de 40%, foi registrado no segmento de silos, com 329 unidades, seguida por baús lonado e carga geral, ambos com 31%.
No segmento de leves, todos os modelos tiveram números positivos. As categorias outras/diversas e baú lonado apuraram alta de 34%, com 5.131 e 201 unidades, respectivamente. Principal item do segmento, o baú alumínio/frigorífico avançou 19,5%, somando 15.203 emplacamentos.
Apesar do resultado, a entidade mantém as projeções de 150 mil unidades para o ano. O segmento de leves deve alcançar volume em torno de 80 mil unidades e o de pesado ultrapassar 70 mil. “Será um resultado importante que mostra resiliência do setor rodoviário mesmo em um cenário conturbado com custos elevados aos operadores logísticos e de financiamentos que não favorecem os investimentos”, afirma Spricigo.