Fenabrave liberou, nesta quinta-feira (02), os primeiros números de emplacamentos do 2023

Roberto Hunoff

Crédito: Banco de Imagens

O mercado brasileiro de veículos de cargas e passageiros iniciou 2023 com resultados superiores aos registrados no primeiro mês de janeiro do ano passado. As vendas de caminhões avançaram 20%, com 10.215 emplacamentos, e as de ônibus, 61%, com 2.152 entregas. Os números de comerciais leves evoluíram 8,9%, com 26.588 unidades. Já o segmento de implementos rodoviários apurou recuo de 2,7%, com 6.539 equipamentos. O mercado de automóveis aumentou 12,5%, com 103.872 unidades, e o de motos, 23%, com 110.493 vendas. No total foram 261.381 emplacamentos, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que indicam crescimento de 16,3% em todo o setor.

Na avaliação do presidente da entidade, Andreta Jr., a sazonalidade e a situação conjuntural que o país viveu, no primeiro mês do ano passado, explicam as diferenças nos números. “Em janeiro de 2022, o setor registrou o pior resultado para o mês desde 2017, pois os estoques das concessionárias estavam baixos em razão da crise de abastecimento global, além de ter sido um período em que a variante ômicron da covid-19 causava grande preocupação”, analisa.

Com base no resultado de janeiro, o executivo projeta que o segmento de caminhões deve ter um primeiro trimestre aquecido. “A mudança de tecnologia, provocada pelo Proconve P8, pode aumentar a procura pelo estoque de modelos adequados à norma anterior, que podem ser emplacados até março e ainda têm bom mercado entre os transportadores”, afirma.

Após recuperação no fechamento do ano passado, o mercado de ônibus mantém resultados positivos, impulsionado pelos programas governamentais de transporte coletivo. “O primeiro mês de 2023 já registrou volume superior à média mensal do ano anterior, o que indica boa possibilidade de um novo ano de crescimento nos emplacamentos de ônibus”, estima o presidente da Fenabrave.

Para Andreta Jr., o desempenho de comerciais leves está associado ao fato de que, em janeiro de 2022, os estoques das concessionárias estavam muito baixos e, ao longo do ano, a oferta foi se normalizando. “Como nossas projeções apontam para uma estabilidade nos emplacamentos de comerciais leves é interessante que o segmento inicie o ano com resultados positivos”, reforça.

O segmento de implementos rodoviários foi o único na atividade comercial a registrar retração. “A queda pode ser considerada natural, pois muitos transportadores devem priorizar a troca dos caminhões em razão da adoção do Proconve P8 a partir deste ano. Também é bom ressaltar que, por depender menos de componentes importados, especialmente eletrônicos, a crise de abastecimento impactou menos os resultados do segmento em janeiro de 2022”, explica.

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