Centenária no mundo e fazendo 50 anos no País, Cummins dá seu grande passo para se tornar uma empresa que oferece propulsores para o futuro da mobilidade.
No mundo a Cummins tem mais de um século. A empresa começou suas atividades em 1919, em Indiana, EUA, fundada Clessie Cummins e William G. Irwin. Desde o início, desenvolve e produz motoroes para propulsão de veículos e, também, para geração de energia. Se tornou globalmente famosa a partir da década de 50 e seus engenhos já estavam equipando veículos na Austrália, Índia, México e Japão.
A empresa completou em dezembro de 2021 50 anos fabricando motores no Brasil. Mas a Cummins aportou por aqui anos antes. No mês de agosto de 1954, a Cummins Engine Company comunica a instalação em conjunto com os seus representantes exclusivos na cidade de São Paulo, uma oficina própria para revisões dos motores da marca. Cinco anos depois foi fundada a Motores Cummins Diesel do Brasil para, em seguida, trocar o nome para Cummins Diesel do Brasil.
Os negócios prosperaram, especialmente o fornecimento de motores marítimos. Tanto foi assim que, em 1959, a empresa abriu filial em Santos para oferecer assistência técnica aos diversos pescadores que equipavam suas embarcações com motores da marca. Dez anos depois, notando a expansão da indústria automotiva nacional, a empresa decide produzir seus motores no País.
Em 22 de dezembro de 1971, a A Cummins adquire as instalações da fábrica de motores diesel e tratores Otto Deutz, localizada na cidade de Guarulhos à margem da via Dutra. A ideia era começar a produzir seus motores mais modernos, o modelo de seis cilindros em linha N-927, para tarefas pesadas de 230 a 400 HP. Foi uma decisão ousada uma vez que, até aquele momento os motores fabricados no Brasil não passavam de 200 HP.
Dois anos depois, em 1973, a empresa apresenta seu programa de expansão com o investimento de 49 milhões de dólares para a produção de motores diesel para caminhões e ônibus em V na faixa de potência de 140 a 240 HP. Neste mesmo ano surgiu o icônico logo com o “C” em azul, criado pelo design gráfico Paul Rand. Três anos depois o logo com o “C” azul já foi adotado em todo o mundo para identificar produtos, serviços e fábricas Cummins.
Na década de 1980 acontece o grande salto da Cummins quando a empresa, anuncia, em 1984, investimento de 40 milhões de dólares ao longo de três anos para a futura produção, a partir de 1986, de um modelo de motor diesel mundial com previsão de exportação de componentes para os Estados Unidos. Também são aplicados 2,3 milhões de dólares para um centro de pesquisa tecnológica, com estudos para substituição do óleo diesel por óleo vegetal.
Antecipando tendências que atualmente estão na crista da onda, em 1985, com investimento de 2,5 milhões de dólares, a empresa instalou no Brasil um Centro de Pesquisas para o estudo sobre a utilização de combustíveis alterativos ao diesel.
A história da empresa, permeada de inovações e tecnologias eficientes, progrediu com o passar dos anos e, atualmente, impulsiona diversos mercados, como automotivo, industrial, agrícola, mineração, marítimo, construção, energia, entre outros. “O legado de expansão é resultado do compromisso Cummins em exceder as expectativas dos clientes com os melhores produtos, tornar-se parceira para garantir que eles tenham sucesso, exigir que todas as ações levam a um ambiente mais limpo, saudável e seguro, além de criar prosperidade para todos os envolvidos no negócio”, comenta Adriano Rishi, presidente da Cummins do Brasil.
Atualmente a Cummins emprega 1.600 pessoas no País. De acordo com Rishi, “a diversidade nos negócios, ações comunitárias e propostas transformadoras são reflexo da busca constante da Cummins pela equidade e quebra de preconceitos; a empresa, desde os seus primórdios, preza e acredita que um ambiente onde todos convivem com a multiplicidade de perspectivas, se torna culturalmente mais rico e inovador”.
Principais momentos da Cummins no Brasil a partir da década de 1980
Novembro de 1985 – Lançamento do motor NTTA-855-G2, desenvolvido para grupos de geradores, com potência de 440 kva, em aplicações de emergência ou 400 kva para serviço contínuo. Com isso o Brasil se livra da dependência da importação de motores diesel estacionários de alta rotação.
1986 – Início da produção de geradores pela Cummins Turbo Technologies. Anteriormente chamada de Holset, empresa dedicada à produção de turbocompressores.
– Lançamento do motor NTTA-855-G2, desenvolvido para grupos de geradores com disponibilidade de potência para 440kva.
Setembro de 1986 – Lançamento do modelo de motores a diesel da Série C. Com potência de 15 a 32 toneladas, faixa de 150 a 250 HP, para as aplicações em serviços pesados, coma redução de 40% do número de componentes.
1987 – Início da produção nacional de motores para veículos comerciais, máquinas agrícolas e fins industriais. A fabricação inicial é de 14 unidades por dia.
Janeiro de 1987 – Início do fornecimento de treinamento sobre os motores das séries N e C, destinados a profissionais mecânicos e engenheiros, com o objetivo de atualizar trabalhadores de assistência técnica e serviços a respeito das inovações dos novos produtos da Cummins.
Maio de 1987 – Lançamento do motor NTA-855-M500, da série C, para iates, embarcações de lazer e barcos patrulha, no Salão Náutico 87. Com 500 BHP, a 2100 RPM, seis cilindros em linha, quatro tempos, turbo alimentado e pós-arrefecido.
Setembro de 1987 – Lançamento do novo serviço de atendimento ao cliente, o ALO Cummins, Assistência Local Orientada, com um atendimento técnico imediato, com ligação gratuita. Os clientes são atendidos por técnicos e mecânicos para orientar sobre a manutenção e reposição de peças.
1988 – A Cummins investe 100 milhões de dólares na duplicação da capacidade da fábrica de Guarulhos, para a fabricação de motores de caminhão pesado para a Volkswagen.
– No período, a Cummins exporta para mais de 20 países, como Japão, Inglaterra, Escócia, Estados Unidos e Canadá.
1989 – Lançamento dos motores da série B, com faixa de potência entre 100 e 180 HP, com duas versões: uma de quatro cilindros e 3.9 litros de cilindros e outra com seis cilindros e 5.9 litros de cilindrada. Os motores já são produzidos na Inglaterra e nos Estados Unidos.
1991 – A Cummins substituiu a Divisão Motores da Ford no fornecimento de motores para os caminhões da linha Cargo da Divisão Ford da Autolatina.
1992 – A Cummins apresenta na EcoBrasil – 92 os motores à diesel 6CTAAR.3 e 6BT5.9 e os motores a gás L10G e NTB55.
1993 – A Cummins lança o primeiro motor desenvolvido pela empresa para picapes e caminhões leves, o modelo série B, com quatro cilindros. Além do Centry, para aplicações agrícolas e fora-de-estrada, primeiro sistema para controle eletrônico de motores ciclo diesel produzido no Brasil.
Outubro de 1993 – Início do programa de exportação do bloco do motor 6B, com o total de 18.500 unidades em 1994, para as fábricas dos Estados Unidos e Inglaterra. Também é lançado do Celect, um sistema eletrônico para aplicação automotiva. Composto por um Módulo Eletrônico de Controle – ECM, sensores instalados no motor e injetores comandados eletronicamente.
– No ano de 1993, o faturamento da empresa foi de 124,5 milhões de dólares.
1994 – A Cummins inicia o desenvolvimento de um computador de bordo para ônibus com aplicações em caminhões, com o intuito de possibilitar um maior controle sobre o uso do caminhão.
1996 – Lançamento da linha de motores 4BT, da série B com quatro cilindros turboalimentado para a aplicação em caminhões médios e médios-pesados como modelo Ford F-4000.
– Início da parceria com a Messey Ferguson Brasil para a produção de motores para a linha pesada de colhedoras.
Julho de 1996 – A Cummins Brasil passa a responder pelas atividades da Companhia na América Latina, com exceção do México, com a criação da Cummins Latin American.
1997 – Lançamento mundial do novo propulsor ISB, de seis cilindros, em linha, 24 válvulas de 5.9 litros, para caminhões médios e ônibus. O modelo é o primeiro motor da empresa a contar com gerenciamento eletrônico, além disso é a evolução do propulsor da Série B.
1998 – A Cummins Latin American é a primeira indústria de motores diesel no Brasil a receber a certificação QS 9000.
1999 – Início da exportação de motores para a fábrica de Minneapolis, nos Estados Unidos.
– Lançamento do motor ISM, para caminhões pesados, o único motor a oferecer o conceito Interact System, que torna o motor completamente interativo, com a possibilidade de configuração completa dos parâmetros de operação.
Década 2000 – A Cummins participa do projeto de gasoduto Brasil-Bolívia em parceria com a Petrobrás, com o fornecimento de geradores responsáveis pelo bombeamento de 1,5 milhão de metros cúbicos de gás natural.
2000 – A Cummins Latin America passa a atuar na fabricação, venda e locação de geradores de energia através da divisão Cummins Power Generation.
– Início da produção da Cummins Filtration (anteriormente Fleetguard-Nelson), inicia suas operações no Brasil, com a produção de sistemas de filtragem. Conquista-se a certificação QS9000, criada pelas montadoras Chrysler, Ford e General Motors para monitorar a qualidade dos produtos e serviços de seus fornecedores.
2001 – A Cummis apresenta uma miniturbina geradora de energia, com 35 quilowatts a 75 Kva de potência, seguindo a tendência mundial de geração distribuída de energia, na feira Latin America Power & Gás.
2002 – A Cummins Power Generation assina o contrato no valor de 8.3 milhões de reais para instalar uma mini usina para a geração de energia ao Porto de Pecém, em Fortaleza-RN, com capacidade de 5.25 MW. Essa é a primeira usina a gás a ser instalada pela Cummins no Brasil com regime turn-key.
2003 – Desenvolvimento de motores de terceira geração, com a finalidade de reduzir níveis de emissão de gases poluentes, atendendo a norma EURO 3.
– Lançamento do modelo Power Unit, linha de motores e sistemas com diversas aplicações para trabalho no campo, como dez modelos, com potência de 73 a 450 HP.
2004 – Lançamento de motores eletrônicos inteligentes, para veículos de grande porte, que detectam e avisam ao motorista sobre qualquer problema na viagem. Também informam por meios de sistemas eletrônicos gastos com combustível, velocidade ou mudanças na rota.
-A Cummins Power Generation lança a sua nova linha de geradores, com conceito modular, para atender os segmentos: agrícola, construção civil, mineração, instalações industriais, entre outros.
– Lançamento da nova linha de motores diesel da Série C, para serviço pesado.
– Cummins Latin America bate o seu recorde de produção com a fabricação de mais de 61 mil motores.
2005/2006 – Alteração de cores na logomarca. O “C Azul” é substituído e trazido de volta o vermelho e preto. A nova estratégia da marca inclui unir os negócios e produtos sob o nome Cummins e alavancar exclusivamente as cores vermelho e preto para dar à logomarca uma aparência mais ousada.
2005 – Criação da Universidade Cummins, um programa para capacitação e treinamento de técnicos da sua rede de distribuição.
– Investimento de 60 milhões de reais para a ampliação da capacidade produtiva e produção de 70 mil motores ao ano.
2006 – A Cummins investe no fornecimento de motores para máquinas agrícolas e busca ampliar a sua atuação no mercado de óleo e gás.
2007 – A Cummins lidera a produção de motores diesel no mercado brasileiro com a participação na venda de 31% do total de motores.
2008 – Início das atividades da Cummins Emission Solutions no Brasil, subsidiária criada nos EUA em 2002, dedicada a oferecer soluções para reduzir a emissão de gases poluentes por motores a diesel. A iniciativa vem de encontro à preocupação com o aquecimento global, expressa mundialmente, em 1997, pelo Protocolo de Kyoto. A nova divisão estrutura-se para atender às necessidades do mercado brasileiro.
– A Cummins alcança a marca de 1/5 do fornecimento do total de geradores movidos a óleo diesel e gás no Brasil.
Setembro de 2009 – Pioneira na pesquisa e desenvolvimento de motores com o uso de biodiesel, a Cummins aprova o uso do biodiesel B20 – solução de 20% de biodiesel para 80% de diesel – para todos os motores produzidos pela companhia. Em conformidade com as normas ASTMD6751 (americana) e EN14214 (europeia).
2009 – Início do desafio mundial (Community Challenge) de projetos socioambientais, ao visar colocar em prática ideias sugeridas por colaboradores de suas 120 fábricas ao redor do mundo.
2010 – Investimento no valor de 20 milhões de dólares para o desenvolvimento de novos produtos, melhorias de processos produtivos e a preparação de motores de conformidade com a EURO 5.
Janeiro de 2011 – Conclusão da ampliação da produção de filtros de combustíveis para o setor de duas rodas da Cummins Filtration. A Cummins passa a produzir a linha de produtos LDA (Light Duty Automotive), com a tecnologia Stratapore, que possui propriedades para prolongar a vida útil do filtro de combustível.
2011- A Cummins passa a investir cada vez mais em ações socioambientais, em 2011, 36% da força de trabalho da empresa participou de alguma ação social apoiada pela Cummins.
2012 – Início da divisão de negócios Emission Solutions, que fornecerá todo sistema de controle de emissões SCR para novos motores EURO 5, como o motor diesel S50, com o sistema catalítico SCR completo, com pós-tratamento de gases com injeção no catalizador de Arla 32, solução de ureia, com fabricação local e 80% de nacionalização.
– Lançamento dos filtros de combustíveis e lubrificantes totalmente recicláveis Fleetguard User Friendly. Os produtos da Cummins Filtration estão disponíveis para o motor Cummins ISF nas versões 2.8 e 3.8.
11 de abril de 2012 – A Cummins alcança a marca da produção de seu milionésimo motor, um EURO 5 ISL 9 litros de 330 cv, produzido na fábrica de Guarulhos para a Ford. O feito é comemorado em uma cerimônia que reuniu o Presidente da Cummins no Brasil, Luis Afonso Pasquotto, o CEO da empresa, Tom Linebarger e o diretor da Ford Caminhões, Oswaldo Jardim.
2013 – Comemoração de cinco anos do desafio Community Challenge. No Brasil, a Cummins adotou cinco ideias bem sucedidas para a preservação do meio ambiente.
– É inaugurado o programa Formare de capacitação de jovens de baixa renda para o mercado de trabalho. O projeto, em parceria com a Fundação Iochpe tem um ano de duração.
2014 – A linha Holset HE 200 WG da Cummins Turbo Technologies é nacionalizada, desenvolvida para auxiliar a tendência de downsizing para motores de 2 a 5 litros, incluindo os motores da Série F.
2015 – Investimento no segmento de construção de geradores para atender à demanda do varejo e de usinas termoelétricas, em resposta à retração do segmento de motores a diesel no Brasil.
2016 – Unificação das operações da Cummins na América Latina, integrando as regiões da América do Sul, México e América Central. A mudança visa aumentar a participação da companhia nos segmentos de mineração, marítimo, geração de energia, automotivo, máquinas de construção, equipamentos agrícolas e outros.
14/09/2017 – Inauguração da nova linha de produção da Cummins na fábrica da Holset Turbo Technologies, seguindo a conceito de indústria 4.0, com sistema totalmente digital que permite o controle preciso dos processos e somente dois colaboradores. A estrutura visa fazer turbos para motores diesel pesados, de 9 a 16 litros ao ampliar o fornecimento de componentes direto às montadoras.
2018 – A Cummins começa a oferecer no Brasil o seu powertrain elétrico para ônibus, adotado de propulsão elétrica em veículos comerciais pesados. A empresa aposta na eletrificação de veículos comerciais devido ao seu investimento com soluções para a produção de energia limpa e preocupação com o meio ambiente.
2019 – Lançamento do modelo de motor a combustão L9N Near Zero, com 320cv e 138,3 kgfm de torque, com redução de 80% na emissão de material particulado, 90% em óxidos de nitrogênio (NOx) e 70% nos gases de efeito estufa em comparação a motores diesel. O motor é considerado o mais limpo do mundo.
2020 – A Cummins, que investe em estratégias e metas de sustentabilidade desde 2016, conseguiu o status “aterro zero” com a destinação sustentável de 100% dos resíduos da sua fábrica.
2021 – Atualmente o número de Distribuidores Independentes no Brasil: são 06, sendo 05 de vendas de Motores e Geradores e 01 de geradores marítimos, exclusivo ONAN e Distribuidor Cummins Brasil: 01.
“O FUTURO ESTÁ NO HIDROGÊNIO”
Adriano Rishi assumiu em maio de 2021 a presidência da Cummins Brasil em substituição ao carismático Luis Pasquotto, que depois de quase três décadas na empresa, se aposentou. Rishi, que ingressou na Cummins como estagiário em 1995, é engenheiro, e fez carreira na empresa.
Profissional de confiança de Pasquotto, Rishi recebeu o bastão do ex-chefe com a missão de operar uma grande transformação digital na empresa. Sua maior missão é deixar bem claro ao mercado, e a toda sociedade, que a Cummins deixou há muito tempo de ser apenas uma respeitável fabricante de motores e agora é uma empresa que oferece sistemas integrados de mobilidade.
Adriano Rishi, participou do programa A.L.O TranspoData referente a edição 92 da Revista TranspoData. Nesta entrevista exclusiva, como parte dos conteúdos especiais sobre os 50 anos da Cummins no Brasil, Rishi nos conta um pouco de sua visão sobre o futuro da empresa e das grandes transformações tecnológicas que transformarão o bom e velho motor a Diesel em propulsores mais sustentáveis e, sobretudo, ecológicos.
Confira essa entrevista na íntegra:
Assista ao vídeo:TRANSPODATA: Já é possível estimar até quando teremos motores a diesel para aplicação veicular no Brasil? E como serão esses motores sob o ponto de vista ambiental?
ADRIANO RISHI: Na visão estratégica da Cummins, o diesel ainda vai predominar ao longo desta década. 2022 será o último ano do Euro V /P8 para veículo comerciais e nós estamos prontos para atender às normas de emissões do Conama, que estabelece redução de cerca de 77% de NOx e de aproximadamente 66% de material particulado em relação ao Proconve P7 (Euro V).
Neste projeto, os nossos investimentos que já somam R$ 170 milhões e o pacote da Cummins contempla soluções completas e integradas, como a nova plataforma de motores eletrônicos Euro VI (2.8, 3.8, 4.5, 6.7, 9, 12 e 15 litros), além das opções a gás (9, 12 e 15 litros), filtros, turbos e os novos sistemas de pós-tratamento, U Module e Single Module, mais leves e eficientes, que trazem diversas vantagens para os usuários e montadoras.
Sob o ponto de vista ambiental, além das reduções de NOx e MP, já citadas, a Cummins desenvolveu novos sistemas eletrônicos mais modernos para garantir o atendimento às normas. Vale acrescentar também que as ações para a redução dos impactos ambientais vêm sendo desenvolvidas desde a década de 1990 pela Cummins no mundo e o Brasil não está fora. Nossos motores a diesel e a gás natural já eliminaram em mais de 95% a emissão de dois contribuintes principais para a poluição dos motores a diesel. Enquanto isso, as metas das instalações da companhia – as emissões corporativas – , entre 2014 e 2020, reduziram o equivalente à remoção de mais de 100 mil carros das estradas por um ano.
TRANSPODATA: Quais são os planos de médio e longo prazo da Cummins para o Brasil?
ADRIANO RISHI: Além de dar continuidade com os nossos negócios e cuidar das nossas comunidades e colaboradores, a Cummins assumiu compromisso muito forte com a descarbonização. É a nossa palavra de ordem e segue em ascensão em nossas ações, integrada à nossa visão estratégica de escala mundial e dedicada ao nosso mercado e as nossas aplicações.
As ações globais para redução dos impactos ambientais vêm sendo desenvolvidas desde a década de 90, como motores a diesel e gás natural, eliminando em mais de 95% a emissão de dois contribuintes principais para a poluição dos motores a diesel: partículas em suspensão e óxidos de nitrogênio. E o Brasil não está fora!
As metas das instalações da companhia, entre 2014 e 2020, reduziram o equivalente à remoção de mais de 100 mil carros das estradas por um ano. Isso no global,
O Planet 2050, nossa estratégia de sustentabilidade ambiental, focada em três áreas prioritárias – abordar as mudanças climáticas e as emissões atmosféricas, usar os recursos naturais da maneira mais sustentável e melhorar as comunidades -, inclui dois alvos científicos aprovados:
a redução das emissões absolutas de GEE (gases de efeito estufa) das instalações e operações da Cummins em 50%, o que é consistente com a manutenção do aquecimento global em 1,5 ° c acima dos níveis pré-industriais
a redução absoluta do tempo de vida nas emissões de GEE da Cummins por meio de produtos recém-vendidos em 25%, níveis que incluem as emissões de um produto em uso por um cliente.
TRANSPODATA: Nossa geração aprendeu desde cedo a identificar e conectar a Cummins como uma importante fabricante de motores. Como as gerações futuras vão identificar a Cummins?
ADRIANO RISHI: A Cummins é uma empresa global e a corporação está comprometida com a inovação, seu talento, recursos e seus investimentos para reduzir o impacto no clima. Deixamos há bastante tempo de ser uma fabricante de motores e hoje somos lideres em tecnologia. Temos a inovação um valor enraizado em nossas ações e, por isso, aperfeiçoamos continuamente os produtos brasileiros. E acredito fortemente que assim as futuras gerações irão identificar a Cummins, como líder em tecnologia.