Fonte: CNN Brasil
Mercado vê risco maior em setembro, tradicional período de pico de consumo no país
Nesta sexta-feira (27), o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, enviou um ofício à Agência Nacional do Petróleo alertando para o “alto risco de desabastecimento de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre de 2022”. O ministério indica que devido à situação do mercado mundial de diesel e aos possíveis impactos para o país, instituiu em 10 de março o “Comitê Setorial de Acompanhamento da Oferta Nacional de Combustíveis e Biocombustíveis”, com caráter executivo.
O Ministério de Minas e Energia segue atento aos movimentos do mercado doméstico e internacional, mantendo o monitoramento de forma intensa e constante para adotar medidas tempestivas em conjunto com os demais órgãos governamentais nas esferas das suas respectivas competências, conforme a evolução do cenário”, diz a nota, destacando ainda que a pasta, “quando do início do conflito que eclodiu no leste europeu, com reflexos na conjuntura energética global, adotou medidas imediatas para intensificar o monitoramento dos fluxos logísticos e da oferta de petróleo, gás natural e seus derivados, nos mercados doméstico e internacional.
Mercado vê maior risco em setembro
Apesar da segurança imediata, integrantes do mercado de combustíveis ouvidos pela CNN apontam que setembro deve ser o mês mais crítico para o abastecimento de diesel no Brasil. De acordo com esses participantes do mercado, em setembro, o volume de embarques de produtos vendidos durante a Black Friday aumenta no Brasil.
Racionamento
O segundo período também incluirá cortes técnicos para manutenção das refinarias brasileiras e temporada de furacões que podem atrapalhar a operação de refinarias nos Estados Unidos e no Caribe.
Se os produtores nacionais informarem imediatamente quanto vão conseguir entregar por polo de abastecimento até dezembro, eu não tenho dúvidas que as distribuidoras vão conseguir se programar”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, Sérgio Araújo.
Araújo também prevê um aumento de preços no segundo semestre do ano, já que os exportadores devem optar pelo hemisfério norte em rotas conhecidas e mais rentáveis.