Peças para sistemas de frenagem e movimentação de tanques foram desenvolvidas conforme necessidades especiais de aplicação

Redação TranspoData

Fotos Assessoria Exército Brasileiro, Divulgação

Contribuindo para a nacionalização de componentes necessários na manutenção da frota de viaturas do Exército Brasileiro, a Frasle Mobility investe em novas tecnologias de processos de fabricação. Ao longo deste segundo semestre, a companhia avança no desenvolvimento das peças e na evolução das várias etapas do projeto.

Mobilizadas pelo desafio de encontrar soluções para a frota de viaturas blindadas de combate carro de combate Leopard 1A5 BR, de origem alemã, as equipes de pesquisa, desenvolvimento e inovação das marcas Fras-le, Fremax e Controil trabalharam em discos e pastilhas para o sistema de freios e anéis retentores para cubos de roda e almofadas das lagartas – que são as esteiras que auxiliam na movimentação do tanque. O diferencial desses componentes em relação aos produtos com aplicação comercial civil é o melhor desempenho em condições de temperaturas mais elevadas e de maior energia demandada nos processos de frenagem e movimentação do veículo.

O diretor de engenharia e vendas OEM da Frasle Mobility, Alexandre Casaril, explica que a escolha das matérias-primas e design das peças considerou essas especificidades e serviu também para a agregação de novos processos de fabricação ao dia a dia da empresa. “Nos componentes de frenagem, em particular, passamos a adotar um processo chamado sinterização, em que damos forma às peças por meio da prensagem de alta pressão a frio e densificação em forno com atmosfera controlada, que é uma tecnologia diferente do que usamos em produtos rodoviários comerciais, onde o processo de prensagem da pastilha é por temperatura”, assinala.

A habilitação a um novo processo de fabricação de componentes, pode, no futuro, gerar outras aplicações comerciais, como em linhas de peças para motocicletas. Com mais de um ano e meio de evolução, o desenvolvimento do projeto teve a participação de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina e a validação dos protótipos contou com apoio do Centro Tecnológico Randon.

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