Nova cessionária responderá pela operação, manutenção e expansão da infraestrutura ferroviária

Redação TranspoData

Foto Divulgação

O Porto de Santos tem uma nova cessionária responsável pela gestão da operação, manutenção e expansão da infraestrutura ferroviária interna. A gestão da FIPS (Ferrovia Interna do Porto de Santos) se iniciou em 1º de outubro e o contrato foi assinado em 2022 com o Ministério da Infraestrutura, hoje Ministério dos Transportes. A FIPS é uma parceria de empresas referências do modal ferroviário no país: Rumo, MRS e VLI, e chega para substituir a Portofer, que administrava as vias do porto.

A FIPS irá investir cerca de R$ 1 bilhão nos primeiros cinco anos de gestão, contados a partir da aprovação dos projetos executivos pela Autoridade Portuária de Santos. “Acreditamos que o comprometimento das pessoas e das empresas ferroviárias reunidas nesta parceria garantirá os melhores resultados operacionais, as melhores práticas, a maior eficiência nos resultados e os desenvolvimentos de equipes, negócios e sustentabilidade socioambiental”, comenta João Almeida, CEO da FIPS.

A FIPS foi criada em 16 de dezembro de 2022 por meio de um contrato associativo de cessão assinado entre o então Ministério da Infraestrutura e as empresas ferroviárias. O pool ficará à frente da operação pelo prazo de 35 anos, com renovação por igual período. Como o contrato é associativo, a cada dois anos será aberta uma nova oportunidade para que novas empresas operadoras de ferrovia interessadas possam participar da FIPS.

O Porto de Santos recebe cargas das ferrovias Malhas Paulista, Norte, Oeste e Central, administradas pela Rumo; do Corredor Centro-Sudeste, da VLI; e da Santos-Jundiaí, gerida pela MRS. Hoje, o modal ferroviário responde por aproximadamente 30% do transporte das cargas movimentadas em Santos.

Investimentos programados

A expansão da ferrovia interna do Porto de Santos é considerada imprescindível para dar vazão à movimentação futura de carga no complexo portuário, que já está com 94% de sua capacidade máxima ocupada, que é de 51 milhões de toneladas por ano. A projeção é que o volume transportado dobre no prazo de cinco a 10 anos, exigindo uma capacidade de 115 milhões de toneladas para escoar o volume das ferrovias operadas por Rumo, MRS e VLI.

A FIPS deve investir, no mínimo, R$ 891 milhões nos primeiros cinco anos para ampliar a capacidade ferroviária local. Entre as futuras obras previstas destacam-se o pátio ferroviário entre o Canal 4 e a Ponta da Praia, dotado de três vias férreas para atendimento aos terminais de celulose, viadutos para a eliminação de passagens em nível, passarelas de pedestres e uma pera ferroviária.

Por sua importância estratégica, uma das diretrizes do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos é a ampliação do modal ferroviário por meio da eliminação de conflitos rodoferroviários, expansão da malha interna com a construção de novas peras ferroviárias, pátios de manobra e linhas adicionais na região da Ponta da Praia, além de intervenções para ampliar a capacidade de recebimento de cargas. Na relação Porto e Cidade, a FIPS herda da Portofer uma série de medidas já feitas e outras previstas que buscam harmonizar o convívio entre a ferrovia e a comunidade, sempre valorizando a sustentabilidade. Isso se dará em obras ligadas à operação e em projetos que tenham interesse social.

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