CCR investe R$ 250 milhões na recuperação de rodovias gaúchas

Expectativa é de que as obras emergenciais no trecho sob a concessão da CCR ViaSul sejam concluídas até o começo do segundo semestre de 2025

Redação TranspoData

Foto CCR ViaSul, Divulgação

Após liberar no prazo recorde de cinco dias as rodovias sob sua concessão no Rio Grande do Sul, atingidas pela enchente histórica que impactou o estado em maio, o Grupo CCR vai investir R$ 250 milhões em obras complementares de recuperação desta infraestrutura. A expectativa é que os trabalhos sejam concluídos pela companhia até o começo do segundo semestre de 2025. “Com este investimento retomaremos gradualmente as condições de operação das rodovias e estaremos mais preparados para situações futuras”, afirma o presidente da CCR Rodovias, Eduardo Camargo.

As obras compreendem a recuperação das rodovias BR-386, BR-290 e BR-448, administradas pela CCR ViaSul. Destas três, a mais afetada foi a BR-386, também conhecida como Rodovia da Produção, uma das vias mais importantes do estado ao conectar a capital Porto Alegre ao interior gaúcho. Durante as chuvas, a estrada registrou mais de 100 pontos de desabamento de taludes, dos quais 20 classificados como críticos.

A ponte do Rio Taquari, uma das mais importantes do Rio Grande do Sul, foi severamente afetada pela força da correnteza do rio. As fortes chuvas e enchentes também provocaram diversos pontos de alagamento ao longo do trajeto das rodovias, comprometendo a qualidade da pavimentação. As intervenções já em execução pela CCR ViaSul estão focadas na recuperação dos taludes comprometidos, restauração de pontes e recomposição do asfalto danificado, além de outras melhorias na parte de infraestrutura elétrica, conservação geral e tecnologia da informação.

Em linha com a estratégia do Grupo CCR de deixar os seus ativos mais resilientes às mudanças climáticas, os projetos de engenharia para a reconstrução dos taludes irão incorporar como premissa o novo cenário que se vislumbra para o Rio Grande do Sul para os próximos anos. Anteriormente, boa parte destas estruturas era revestida com cobertura vegetal para evitar a erosão do solo. Diante do atual contexto, os novos taludes serão concebidos com estruturas de contenção mais robustas, tornando as rodovias mais resistentes ao novo regime de chuvas.

Liberação emergencial

Os trabalhos de recuperação das rodovias operadas pela ViaSul dão continuidade às ações que a concessionária vem implementando desde o início de maio para liberar emergencialmente as pistas com segurança para o fluxo de veículos, possibilitando a execução das ações de ajuda humanitária às populações afetadas pela enchente. Com a redução do nível de precipitação de chuvas, em 2 de maio, a concessionária se mobilizou para iniciar os trabalhos de liberação das pistas.

Uma série de ações foi executada nesta etapa, como vistoria geotécnica, desvio das águas, análises de topografia, escavação de alívio, implantação de barreiras e sondagens, e limpeza e desobstrução das vias. Ao todo, mais de 500 colaboradores, próprios e terceiros, foram mobilizados para a realização dos serviços.

No dia 7 de maio, todas as rodovias já estavam em plenas condições de tráfego para qualquer tipo de veículo, ainda que com restrição de velocidade, possibilitando que cidades inteiras que estavam ilhadas pudessem receber a ajuda humanitária. Para garantir a operação das vias com segurança aos motoristas e aos colaboradores, a CCR ViaSul também instalou, em diversos pontos, inclinômetros para monitorar a movimentação de terra nos taludes e medidores de nível de cota dos rios.

Atualmente, as rodovias administradas pela concessionária já operam praticamente em condições de normalidade. Os trabalhos de liberação emergencial e, agora, de recuperação das vias, têm contado com o apoio dos órgãos federais e estaduais, como a Agência Nacional de Transportes Terrestres, Polícia Federal Rodoviária e Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

Apoio às ações humanitárias

 Desde o início da crise no Rio Grande do Sul, o Grupo CCR realizou uma série de ações para apoiar a população. Por meio do Instituto CCR, doou 10 toneladas de água potável, alimentos e materiais de higiene pessoal em apoio às vítimas das enchentes. Também suspendeu por quase um mês a cobrança de tarifas de pedágio em suas rodovias gaúchas, bem como isentou temporariamente do pagamento das taxas aeroportuárias os voos com finalidade humanitária com destino ao Rio Grande do Sul.
Profissionais do Grupo CCR também trabalharam na linha de frente de salvamento e resgate das vítimas. Ao todo, 24 colaboradores de atendimento pré-hospitalar, especializados em operações de socorro médico, colaboram com as operações da Defesa Civil na região. A companhia ainda apoiou o estado com dois helicópteros, que se somaram aos 18 utilizados pelo governo gaúcho na crise.

A companhia realizou uma campanha de arrecadação de doações, cujos pontos de coleta foram instalados nos seus 17 aeroportos espalhados pelo Brasil e nas suas estações de trens, metrôs e VLT, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ao todo, mais de 800 toneladas de doações foram obtidas e enviadas ao Rio Grande do Sul.

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