Apresentado na Fenatran 2022, novo modelo foi incorporado pela área de logística e já apresenta resultados positivos

Redação TranspoData

Foto Divulgação

Buscando aumentar ainda mais a eficiência operacional, a BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo e embarcadoras do Brasil, implementou o modelo de carretas de quatro eixos em sua operação. Com uso em diferentes modalidades da logística, o novo equipamento deve percorrer as estradas do país tanto para transporte dos diversos produtos das marcas já consolidadas, quanto no transporte de suínos para as unidades produtivas da empresa.

O equipamento traz aumento na eficiência logística, uma vez que permite o carregamento de um peso bruto total superior ao adotado em outros modelos de carretas. Ainda representa um ganho tecnológico, como nas unidades que farão o transporte de animais, que contam com elevadores hidráulicos e sistemas de climatização específicos para o conforto térmico.

No transporte dos produtos industrializados, as novas carretas conseguem transportar até 22% a mais em relação a uma tradicional. Esse aumento também implica em uma redução de custos do transporte, uma vez que a cada seis deslocamentos da nova carreta completamente carregada é possível reduzir uma viagem adicional feita com um veículo convencional.

A companhia opera atualmente com nove veículos de quatro eixos nas tradicionais carretas refrigeradas, com previsão de 36 novos até dezembro próximo. Além disso, dois veículos para transporte de suínos iniciaram a operação em setembro.

“Adotamos este equipamento com o objetivo de reforçar a capacidade logística em cada viagem, ampliando também as possibilidades futuras com um modelo mais moderno e operacionalmente flexível”, comenta Loriano Rigo, diretor de logística.

No transporte de suínos, a nova carreta permite levar em um só veículo o peso bruto que antes era compartilhado em dois veículos tipo bitruck, possibilitando à empresa dar mais agilidade no transporte dos animais. São 94 posições de animais de até 200 quilos cada, inclusive com uso de uma plataforma hidráulica que facilita o embarque e desembarque da carga viva, contendo também aspersores, ventiladores e bicos bebedouros, atendendo o padrão de bem-estar animal necessário para esse transporte.

Cezar Felipak, gerente de logística agro, argumenta que a iniciativa não melhora apenas a eficiência nas entregas, mas também abre margem para estudos de evoluções e novas possibilidades de transporte no futuro. Como exemplo, cita o acréscimo no tamanho das carretas e implementos com sistemas de carregamento automatizados antes inviáveis pelo aumento do peso e redução de capacidade.

Além dos benefícios operacionais, a adoção de veículos com maior capacidade contribui para a sustentabilidade, pois com a redução no número de veículos nas estradas são reduzidas as emissões de gases poluentes pela diminuição no consumo de combustível. “Essa iniciativa não só torna a logística mais eficiente como também alinhada às melhores práticas de ESG”, reforça Felipak.

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