NTC&Logística expôs situação grave para o setor em função de uma série de reajustes
Redação TranspoData
Foto Banco de Imagens
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) se posicionou, nesta segunda-feira (3), por meio de nota oficial, em defesa da necessidade de reajuste imediato nas tarifas do transporte coletivo de cargas (TRC). A entidade exemplifica a demanda, que considera de atendimento imprescindível, por vários motivos.
O primeiro citado é a oneração gradativa da folha de pagamento desde primeiro de janeiro deste ano, resultando em acréscimo estimado de 1,5% em média. “As recentes mudanças na legislação impactaram os custos trabalhistas das empresas de transporte”, argumenta a NTC&Logística.
Outro ponto é a taxa Selic atual, elevada na semana passada para 13,25% por decisão do Conselho de Política Monetária. “Este é o quarto aumento consecutivo e com tendência de alta. Esse custo financeiro onera diretamente as empresas, devendo ser repassado aos clientes sobre os fretes a receber, de acordo com os prazos negociados”, assinala a entidade.
Mais dois pontos têm relação direta com o insumo que mais pesa na composição do frete: o combustível. A entidade destaca a decisão de outubro de 2024 do Conselho Nacional de Política Fazendária que definiu um reajuste no valor do ICMS sobre o diesel, elevando o custo do combustível em R$ 0,06 por litro, vigente desde 1º de fevereiro. Já a Petrobras reajustou em 6,29% o preço do diesel, representando o acréscimo de R$ 0,22 por litro para as distribuidoras. “Considerando que o diesel representa, aproximadamente, 35% dos custos do TRC, este aumento gera um impacto significativo na formação do preço do frete, em torno de 2,2%.
De acordo com a entidade, o setor trabalha com margens reduzidas de rentabilidade, outra razão para que haja reajuste nos fretes. “O repasse deve ser imediato de modo a evitar que a atual defasagem verificada nas pesquisas do Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas da entidade se agrave ainda mais”, reforça.