Equipamentos foram arrematados em agosto de 2022 por R$ 2,4 bilhões
Redação Transpodata
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Maior operadora aeroportuária do mundo, em número de passageiros, a Aena assinou nesta terça-feira (28/03), com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o contrato de concessão do bloco SP/MS/PA/MG, composto por 11 aeroportos, incluindo Congonhas. Os equipamentos de infraestrutura foram arrematados pela concessionária por R$ 2,4 bilhões, em agosto de 2022, num leilão realizado na B3.
Depois da efetivação dos pagamentos da outorga, a Anac deverá, em data a ser definida, declarar a eficácia do contrato e dar início ao processo de transição da gestão aeroportuária, que conta com várias etapas. O primeiro passo inclui a apresentação dos planos operacionais, de treinamento de pessoas e a comunicação com a comunidade aeroportuária – que engloba todas as empresas que atuam nos aeroportos e seus colaboradores. Esses projetos devem ser entregues em 40 dias após o início do processo, e a Anac tem o mesmo tempo para analisá-los. Na sequência, começa um período de operação assistida, em que a concessionária vai atuar em conjunto com os atuais gestores da Infraero.
Concluídos os trâmites iniciais, a companhia passa a gerir os aeroportos. Primeiro, recebe os equipamentos com menos de um milhão de passageiros ao ano e, na sequência, é transferida a administração dos terminais com mais de um milhão de embarques e desembarques. Esse cronograma está previsto para ocorrer no terceiro trimestre de 2023.
A concessão dos 11 aeroportos é a maior operação de desenvolvimento internacional da história da Aena, que, sob a marca Aena Brasil, administra 100% de seis equipamentos no Nordeste, desde 2020. Ao final do processo, a concessionária estará presente em nove estados do país, com a gestão de 17 locais, responsáveis por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional.
Atualmente, estão em andamento as obras estruturais dos aeroportos do Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju, Juazeiro do Norte e Campina Grande. A companhia investe R$ 1,4 bilhão em tecnologia, segurança e conforto para implantar o padrão Aena nestes equipamentos, que terão acréscimo de capacidade operacional.
Com larga experiência no modelo de gestão em rede, que inclui desde hubs internacionais a equipamentos regionais, passando por aeroportos insulares ou dedicados apenas à aviação geral, a Aena aposta na sinergia entre as operações para gerar eficiência administrativa. No caso do Brasil, por exemplo, será possível aproveitar todas as aquisições e investimentos em sistemas, assim como otimizar a contratação de fornecedores, facilitando a fase inicial de operações do novo bloco.