Fiat Strada é o veículo mais vendido do Brasil e a responsável pela liderança da marca italiana no super segmento de veículos comerciais leves
Mauro Cassane
TranspoData, Imagem
A Fiat lidera com tranquilidade o segmento de comerciais leves no Brasil. É um mercado volumoso que, ano passado, respondeu por mais de 530 mil emplacamentos. Desse total, 43,05% são veículos Fiat. Para se ter uma boa ideia da vantagem da marca italiana neste negócio, basta outro dado: o segundo lugar neste setor, a Volkswagen, responde por 12% das vendas totais.
A picape pequena, Fiat Strada, é a grande responsável por esses números largos. Ano passado foram emplacadas 144.684 unidades. A segunda posição, bem longe da primeira colocada, ficou com a VW Saveiro com 56.984 mas logo na terceira posição vem outra picape da Fiat, a Toro, com 53.856 emplacamentos.
A picapinha Strada é a preferida dos brasileiros. É o veículos mais vendido do Brasil há anos. A Fiat fez boas melhorias no carro nesta década, ampliou o leque de modelos e conquistou ainda mais consumidores, especialmente aqueles que sempre sonharam em ter uma picape. A Strada, com um olhar pouco atento, ficou muito parecida com a Toro.
Entretanto, o motor 1.0 Turbo ajudou nessa transição de uma simples picape de serviço, sem muitos atrativos, para uma picape, que agrada sonha com SUVs ou picapes de maior porte. A estratégia foi assertiva e os resultados são evidentes nos números de vendas do ano passado.
Até nas versões a Strada se parece com sua irmã maior, a Toro: Ultra e Ranch. Avaliamos a Ranch. O preço sugerido para ambas versões é de 144,9 mil reais. Não é exatamente valor que pode se considerar “barato” para uma picape deste porte, mas, ainda assim, vende bem. Avaliamos a versão Ranch e, de cara, podemos garantir: você se sente mesmo em um veículo luxuoso e robusto.
O motor turbo 1.0 garante essa sensação positivamente de potência. As respostas são rápidas na aceleração e a retomada de velocidade, especialmente nas ultrapassagens, são corretas e seguras. Pisou mais forte, o motor responde sem engasgo.
O modelo Volcano, da Strada, é o mais simples e mais em conta. Sai por 133 mil reais. Não por acaso, é o mais vendido. Já a versão Ranch foi mais pensada para agradar quem gosta da sensação de viajar de picape e ir para o campo. Diferente da Volcano, a Ranch vem com faróis de neblina de LED, eficiente câmera de ré, bancos em couro marron e estribos que estão ali apenas para efeito visual mesmo (nem é possível fazer uso deles pois o carro é pequeno e baixo).
Assim como na Toro, as versões Ranch e Ultra da Strada foram pensadas para um público que sonha com SUV e picapes mais luxuosas. Mas também servem, naturalmente, para trabalho. Quando o consumidor quer mais luxo, a versão Ranch dá conta do recado: tem direção elétrica, assistente de partida em rampa, monitor de pressão de pneus e uma bem visual tela multimídia de sete polegadas. Conta ainda como sensor de estacionamento rack estiloso de teto e santoantonio compondo elegantemente as linhas laterais da picape.
Em termos de equipamentos, a Strada Ranch conta com direção elétrica, ar-condicionado automático, 4 airbags, controle de estabilidade, assistente de partida em rampa, protetor de caçamba, trio elétrico, monitor de pressão dos pneus, ajuste de altura para o banco do motorista, ajuste de altura do volante (mas não em profundidade), multimídia com tela de 7″ e conectividade sem fio, carregador por indução, modo Sport, aletas atrás do volante para trocas em modo manual, faróis com LEDs, sensor de estacionamento traseiro, rack de teto e santantonio.
O motor 1.0 turbo é muito mais eficiente que o 1.3 aspirado das versões mais básicas. Esse engenho novo e mais moderno foi desenvolvido com injeção direta de combustível e vem com quatro válvulas por cilindro. A composição gera mais potência e torque com menor esforço. Ponto forte deste motor: retomada imediata de velocidade. O consumo é aceitável: considerando 40% de estrada, 10% de terra e 50% de cidade, bateu 11,8 km/l com álcool.
A caçamba da Strada é pequena mas útil. A ficha técnica diz que a capacidade é de 844 litros o que dá pouco mais de 600 quilos de carga. Mas é praticamente um porta-malas. Se precisa mesmo carregar volume, a opção recomendada sempre será a versão cabine simples, versão “Endurance” (essa sim, campeã de vendas e feita para pegar no batente) cujo preço fica na faixa de 108 mil reais.