No final do ano passado, 80% do estoque de equipamentos para locação eram elétricos

Redação Transpodata

Vamos

A Vamos investiu R$ 326 milhões na compra empilhadeiras ao longo de 2022. A cifra chegou a R$ 561 milhões desde 2020, ano em que a companhia passou a atuar no segmento de locação e venda de caminhões, máquinas e equipamentos. Desde então, tem ampliado a oferta das empilhadeiras e, no fechamento de 2022, 80% de seu estoque era composto por modelos elétricos. Esse percentual no mix da frota é maior do que a variação da própria produção nacional, já que 50% das empilhadeiras fabricadas no ano passado foram elétricas.

Atualmente, a Vamos conta com uma frota de 5.334 empilhadeiras locadas, sendo que 3.367 são elétricas. A carteira de clientes é diversificada, composta por empresas dos mais diferentes setores da economia, que contam com serviços customizados de acordo com as necessidades específicas de cada operação. No Brasil, a penetração do modelo de locação no mercado de máquinas e equipamentos saltou de 17% em 2017 para 30% em 2021, segundo relatório do Itaú BBA. Nos EUA, esse índice chega a 57%, enquanto no Japão alcança 80%, números que indicam forte potencial de crescimento dessa modalidade no Brasil.

O CEO Gustavo Couto destaca que a Vamos foi pioneira nesse segmento ao acreditar e investir na eletrificação da frota de empilhadeiras ao observar uma mudança de comportamento no mercado intralogístico. “A locação é uma alternativa viável para acessar essa tecnologia e a tendência se traduz em demanda. Atualmente, nove em cada 10 propostas para logística interna que desenvolvemos são de empilhadeiras elétricas”, acrescenta.

O aprimoramento tecnológico, que tornou as baterias de lítio mais duráveis e autônomas, a mudança de preço dos equipamentos, que passaram a ser mais competitivos, e o compromisso das companhias com a sustentabilidade impulsionaram a mudança. Pouco a pouco, as empresas passaram a ver as vantagens das empilhadeiras elétricas, cuja desmistificação propiciou aumento da participação desses modelos no mercado em detrimento da substituição dos equipamentos a combustão.

José Geraldo Jr., diretor executivo comercial da Vamos, assinala que o aluguel é uma alternativa mais viável financeiramente do que a compra. “Isso contribui para que as empresas cresçam com baixo custo, sem precisar empregar grandes investimentos na aquisição das empilhadeiras. Os modelos com bateria de lítio ainda proporcionam a otimização da capacidade operacional e a melhoria do ambiente de trabalho, que resultam em ganhos financeiros e comerciais para o negócio”, reitera.

As empilhadeiras elétricas também garantem o ganho de produtividade na operação. As baterias de lítio podem ser completamente carregadas em até 1h45 por meio de uma plataforma de carregamento, sem que haja a necessidade de retirá-las do equipamento.

“O carregamento das empilhadeiras elétricas é mais rápido e prático. Isso permite a chamada carga de oportunidade nos momentos de pausa do operador, como no horário de almoço. As baterias de chumbo, por sua vez, precisam ser retiradas e encaminhadas para salas separadas, desenvolvidas exclusivamente para recarregamento, por um período de seis a oito horas. Portanto, a eficiência energética das empilhadeiras elétricas melhora a performance na operação, otimiza tempo e reduz custos, já que não é necessário investir em salas de bateria”, complementa Rafael Gomes, diretor de operações da Vamos.

Outra vantagem dos modelos elétricos é a vida útil das baterias de lítio, cuja duração média é de quatro mil ciclos. As baterias de chumbo, por outro lado, duram apenas 1,4 mil ciclos, aproximadamente. As baterias de lítio carregam mais rápido e possuem o mesmo tempo de operação das baterias de chumbo, equivalente a um turno de oito horas.

Com o aumento da adesão aos modelos elétricos, cresce também o mercado de reciclagem do lítio e de outros materiais que compõem as novas baterias. Para Kerstin Meyer, da Agora Energiewende, organização alemã que desenvolve ações voltadas à transição energética, cerca de 10% da demanda por baterias de lítio poderá ser atendida pelo mercado de reciclagem até 2030. De acordo com cálculos da área de sustentabilidade da Vamos, as baterias de lítio emitem por volta de 17 vezes menos gases poluentes do que as tradicionais de chumbo.

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