Vendas somaram 22.681 unidades, em torno de 300 abaixo do consolidado nos dois primeiros meses de 2022
Roberto Hunoff
Foto Rodofort, Divulgação
A indústria brasileira de implementos rodoviários entregou ao mercado 22.681 unidades no primeiro bimestre do ano, pouco abaixo do realizado em 2022. A diferença é de 283 produtos. “Trata-se de uma fração bem pequena de mercado, indicando estabilidade no início do ano”, avalia José Carlos Spricigo, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
O empresário acredita que a situação mude com o aumento da atividade no agronegócio, maior cliente do segmento. A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento para a safra de grãos é de 310,6 milhões de toneladas. As maiores culturas brasileiras em área plantada são soja, milho, arroz, cana-de-açúcar e feijão.
O mercado de reboques e semirreboques apresentou recuo de 1,78%, com 12.499 emplacamentos – diferença de 226 em relação ao primeiro bimestre de 2022. Das 14 famílias produzidas, seis tiveram recuos fortes. O mais expressivo, de 54%, foi registrado na família de canavieiros, para 275 implementos. O tanque inox teve o melhor desempenho, com alta de 129,5%, com 78 unidades entregues. Principal produto do segmento, o basculante avançou 1,88%, com 4.011 emplacamentos. Graneleiro carga/seca, dolly, especial e silo também apresentaram desempenho positivo.
O mercado de carrocerias sobre chassis teve recuo de 0,56%, com 10.182 emplacamentos. Das sete famílias, cinco apresentaram alta, com destaque para o basculante, que somou 1.607 unidades, alta de 28,15%. O graneleiro/carga seca, o mais vendido no segmento, teve redução de 19%, para 2.034 produtos. Outro resultado negativo, de 12,5%, foi na família de equipamentos diversos, com 1.650 unidades.
Os dados das exportações estão limitados ao mês de janeiro. Houve avanço de 19%, com 447 embarques.