Brado-12.25

Brado moderniza operação logística no Sudeste e Centro-Oeste

Novo pórtico está sendo instalado para ampliação da capacidade de movimentação de contêineres e dar suporte ao Projeto Carrossel

Redação TranspoData

Foto Brado, Divulgação

A Brado Logística está reforçando a infraestrutura operacional nos terminais ferroviários de Sumaré (SP) e Rondonópolis (MT) com a aquisição de três pórticos, sendo dois com tecnologia de operação de cargas pesadas de maneira remota. Com os novos equipamentos, a companhia melhora o ciclo operacional dos trens através do aumento da produtividade nos processos de carga e descarga de contêineres. A capacidade de armazenamento de contêineres também é expandida devido ao melhor aproveitamento das áreas dos pátios.

O diretor de operações da empresa, Ederson Padilha da Costa, explica que essa iniciativa representa mais um passo rumo à implementação do Projeto Carrossel, que pretende consolidar um hub logístico multimodal de contêineres e criar um corredor central de distribuição de cargas, integrando os modais ferroviário e rodoviário para reduzir o tempo de transporte. “Estamos ampliando capacidade, ganhando eficiência operacional e garantindo maior segurança no manuseio das cargas. Com a chegada dos novos pórticos, oferecemos aos clientes uma cadeia logística ainda mais integrada e competitiva”, afirma.

Os pórticos rubber tired gantry (RTG), que chegarão ao terminal de Sumaré, operam sobre pneus e contam com tecnologia de operação remota, que pode ser executada diretamente da sala de controle da empresa, proporcionando maior eficiência e segurança. Já o equipamento destinado a Rondonópolis será do tipo rail-mounted gantry (RMG), instalado sobre trilhos, com condução realizada a partir de uma cabine no próprio pórtico. O terminal mato-grossense já contava com dois RMGs em funcionamento.

Até o momento, a movimentação de contêineres no terminal de Sumaré era realizada por reach stackers, máquinas semelhantes a empilhadeiras, capazes de agrupar até cinco contêineres de altura e realizar cerca de 12 movimentos por hora. Com a introdução dos RTGs, o empilhamento passa para seis unidades e a produtividade praticamente dobra, com até 22 movimentos por hora. A adoção de RTGs permite a verticalização e a redução da largura dos acessos entre quadras de contêineres, eliminando as exigências de manobra das reach stackers e, com isso, aumentando a capacidade de armazenagem do pátio.

Os modelos contam com sensores anticolisão, que interrompem automaticamente o funcionamento em caso de obstáculos, e câmeras de monitoramento, fornecendo leitura de ambiente, peso dos contêineres e altura dos cabos de aço. “A aquisição desses pórticos também vai de encontro a um dos nossos principais objetivos, contribuir na descarbonização dos transportes no país. Isso porque diferente dos reach stackers, que são movidos à diesel, os RTGs são elétricos, então não emitem CO2”, salienta o COO da Brado.

Fabricados pela chinesa GENMA, os pórticos exigiram 12 meses de produção devido à complexidade tecnológica. Após chegar ao Porto de Santos, o maquinário foi transportado por meio de 40 carretas destinadas ao terminal de Sumaré e 32 para Rondonópolis. O planejamento de implantação vem sendo estruturado para minimizar impactos operacionais nas duas localidades e a previsão é de que os sistemas estejam em pleno funcionamento no primeiro semestre de 2026.

Investimento estratégico

A iniciativa faz parte do planejamento de investimentos da empresa nas duas localidades até 2030, que inclui melhorias estruturais e ganho de eficiência. No terminal paulista, os recursos estão sendo direcionados para reformas de armazéns, modernização dos ativos, ampliação do pátio e construção de um novo escritório. Além disso, no início de novembro foi construído um gate automatizado no local, com quatro balanças para pesagem de contêineres.

Para o Mato Grosso, o plano contempla a ampliação do pátio e a recente instalação de sete docas pneumáticas, que melhoram a ergonomia e reduzem avarias em contêineres. Ainda foram adquiridas 15 empilhadeiras elétricas, que eliminam emissões de CO2, reduzem ruído e custos de manutenção.

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