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Concessões portuárias somam R$ 30 bilhões em investimentos

Ministro Silvio Costa Filho estimou que, ao longo de quatro anos, ocorrerão 60 leilões no setor hidroviário

Redação TranspoData

Foto Porto de Paranaguá, Divulgação, Banco de Imagens

As concessões no setor portuário, promovidas pelo governo federal de 2023 a 2026, somarão R$ 30 bilhões em investimentos, estimou o ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho, ao participar do Fórum de Infraestrutura realizado em São Paulo, pela Revista Veja. O ministro lembrou que nesses quatro anos do atual governo serão mais de 60 leilões para a modernização dos portos brasileiros e da infraestrutura.

Costa Filho definiu 2024 como o melhor ano em concessões na história do Brasil, incluindo portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, hidrovias, poligonais e várias concessões nos governos estaduais, o que significa mais de R$ 200 bilhões de investimentos contratados. Entre os empreendimentos, o ministro citou o leilão do Túnel Santos-Guarujá, que está agendado para o dia 5 de setembro, com projeção de investimentos de R$ 6 bilhões, numa obra conjunta com o governo de São Paulo. Costa Filho falou também sobre o leilão do terminal de contêineres do Porto de Santos, o Tecon Santos 10, que ampliará em 50% a capacidade de operação do equipamento a partir de investimentos na ordem de R$ 5,6 bilhões.

Ressaltou que o MPor vai realizar, neste ano, a primeira concessão para dragagem de um canal de acesso, que será do Porto de Paranaguá (PR), com investimentos de R$ 1 bilhão e que servirá de modelo para o canal de Santos, programado para 2025, entre outras concessões. “A Lei de Portos foi criada em 2013. Até 2022, tivemos o equivalente a 41 leilões. Estimamos encerrar o atual governo com 60 leilões”, afirmou.

Hidrovias

O ministro Sílvio Costa Filho ressaltou ainda que a pasta está preparando a concessão da hidrovia do Paraguai, que será a primeira do gênero no país. “O Brasil tem mais de 60 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, temos um grande potencial que vai reduzir em quase 40% os custos logísticos, ajudar na sustentabilidade e na descarbonização”, afirmou.

Também estão em estudo as hidrovias do Madeira, Lagoa Mirim, Tocantins e Tapajós. Lembrou que esses projetos sustentáveis estão despertando interesse de investidores da Ásia, Europa e da América Latina.

O ministro comentou sobre o projeto BR do Mar para estimular o uso da cabotagem no transporte de cargas entre portos nacionais. “A ideia é que a gente possa transformar os oito mil quilômetros de costa litorânea brasileira em grandes rodovias, para chegar e distribuir pelos portos brasileiros”, explicou.

Costa Filho também fez referência aos avanços no setor aéreo por meio dos programas de investimentos na modernização de terminais e na expansão da malha aeroviária. “Em 2022, tivemos 98 milhões de passageiros. Esse ano serão 128 milhões e, para o próximo, a meta é de 135 milhões de passageiros”, afirmou.

Entre os projetos em desenvolvimento está o AmpliAR para fortalecer a aviação regional, com investimentos de R$ 1,25 bilhão, em 19 aeroportos de 11 estados das regiões da Amazônia Legal e do Nordeste. Outro projeto é o Investe + Aeroportos, com aplicação de R$ 4,5 bilhões em projetos de diferentes naturezas, fomentando a eficiência da logística aeroportuária.

 

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