Serão 22 composições em operação no novo ramal, conectando a Zona Norte ao Centro de São Paulo
Redação TranspoData
Foto Divulgação
O primeiro trem da futura Linha 6-Laranja, do metrô de São Paulo, já está estacionado no Pátio Morro Grande. A composição integra uma frota de 22 trens de seis carros cada, que vão operar no novo ramal, conectando o Bairro da Brasilândia, na Zona Norte, à Estação São Joaquim, no Centro da capital. Os trens estão sendo produzidos pela Alstom, em Taubaté, e a operação da linha será de responsabilidade da concessionária Linha Uni.
Cada composição poderá transportar até 2.044 passageiros, atendendo a cerca de 633 mil usuários por dia. Fabricados em aço inoxidável, os trens poderão atingir até 90km/h e são mais leves que os modelos em aço carbono. Essa característica, aliada ao menor consumo de energia elétrica, reforça o compromisso com uma operação mais sustentável.
As composições foram desenvolvidas para oferecer uma melhor experiência aos passageiros diariamente, com a vantagem de serem mais resistentes, com durabilidade estimada em mais de 40 anos. O projeto contou com o uso do Lab 4.0 da Alstom, um laboratório de realidade virtual com tecnologia avançada que simula os trens, de forma realista, permitindo antecipar e corrigir eventuais ajustes técnicos.
Com entrega parcial programada para o final de 2026, a Linha 6-Laranja terá 15 estações. O trajeto, que atualmente leva cerca de uma hora e meia de ônibus, será reduzido para 23 minutos. O novo ramal terá sete universidades ao longo de seu trajeto, além de facilitar o acesso para outras 11 instituições de ensino superior. Segundo pesquisa realizada, em 2022, pelo Governo do Estado de São Paulo, mais de 40% das viagens estimadas na Linha 6 terão como origem ou destino universidades, sendo que a maior parte dos passageiros estará na faixa etária entre 18 e 24 anos.
Com investimento superior a R$ 19 bilhões, o projeto da Linha 6-Laranja é uma parceria público-privada do Governo do Estado de São Paulo com a concessionária Linha Universidade (Linha Uni). As obras estão em execução pela Acciona, com geração de cerca de 10 mil empregos. Após a finalização das obras, o ramal metroviário será operado pela Linha Uni por 19 anos.