Embarcações têm 336m de comprimento e capacidade de até 14 mil TEUs
Redação TranspoData
Foto Tecon Santos, Divulgação
O Tecon Santos, um dos maiores terminais de contêineres da América Latina, administrado pela Santos Brasil no Porto de Santos, recebeu na tarde da quinta-feira (13) a escala inaugural de um novo serviço de longo curso, reunindo as maiores embarcações em capacidade de carga conteinerizada que chegarão regularmente à Costa Leste da América do Sul. Na parceria firmada com a CMA CGM e Cosco, a companhia receberá semanalmente navios de uma frota composta por 12 embarcações da classe Latamax, que têm 336m de comprimento, 51m de boca e 14,5m de calado máximo permitido.
Esta primeira viagem foi realizada pelo navio Cosco Argentina, que movimentou 2,6 mil contêineres no Tecon Santos. A estimativa é que, em cada atracação desta categoria de navios gigantes, cerca de 5 mil contêineres sejam operados no terminal. O Cosco Argentina veio da Ásia rumo ao Rio de Janeiro, parou em Santos e segue para Itapoá (SC) e Paranaguá (PR), voltando a Santos e ao Rio de Janeiro antes do retorno à Ásia.
A Santos Brasil vem se preparando há anos para receber esse tipo de embarcação no Tecon Santos, terminal que está em ritmo acelerado de ampliação de capacidade e passará dos atuais 2,4 milhões de TEUs para 2,6 milhões de TEUs até o final do ano. No total, a empresa está investindo cerca de R$ 2,6 bilhões para elevar a capacidade do Tecon Santos a 3 milhões de TEUs. Só neste ano serão aplicados R$ 300 milhões no terminal.
De acordo com Danilo Ramos, diretor comercial de operações portuárias da Santos Brasil, o novo serviço representa um marco para o comércio exterior brasileiro, já que os navios da classe Latamax têm, aproximadamente, 70% mais capacidade que as embarcações que atualmente circulam no país. “Estamos felizes por sermos, no Porto de Santos, o terminal melhor preparado para receber e operar semanalmente duas escalas de importação e exportação com essa magnitude, resultado direto da estratégia da companhia em se antecipar à demanda e ampliar a estrutura para comportar com folga o aumento progressivo do tamanho das embarcações”, assinala.