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Fotos Guerra, Divulgação

Equipes de manutenção têm inspecionado o estado de conservação dos equipamentos da empresa, que está inoperante desde a falência em 2017

Após quatro anos da interrupção de suas atividades, a Guerra deverá fabricar seu primeiro implemento rodoviário, em setembro próximo. O modelo será um semirreboque graneleiro e marcará a volta da marca ao mercado brasileiro, dessa vez operando sob o controle da Rodofort, de Sumaré (SP). “O cronograma de reativação está caminhando dentro do projetado e, em breve, os produtos da Guerra estarão novamente rodando pelo Brasil afora”, afirma Alves Pereira, diretor-geral da Rodofort.

A equipe responsável pela reativação da Guerra em Caxias do Sul (RS) conta com 30 pessoas e chegará a mais de 100 quando a produção for reiniciada. A força de trabalho está sendo selecionada na própria região porque há mão de obra especializada.

O trabalho atual da equipe tem sido checar o estado do maquinário da Guerra, há quatro anos parado, além de verificar e limpar todas as demais instalações, da linha de produção e dos escritórios até os jardins. “Tivemos a surpresa positiva ao constatar o bom estado em que se encontra o maquinário. A equipe de manutenção da empresa fez um ótimo trabalho”, assinalou.

A aquisição da Guerra foi feita, em março, em leilão por R$ 90 milhões, e os investimentos para fazer a empresa voltar a operar serão de aproximadamente R$ 10 milhões. O valor inclui desde a manutenção das máquinas até a compra de matéria-prima e contratação e treinamento de pessoal. A Guerra vai operar de forma complementar à Rodofort, fabricando produtos da linha pesada, como basculante, tanque e graneleiro. A expectativa para 2021 é de distribuir 250 unidades da Guerra ao mercado interno. Já a Rodofort deve chegar a 2.100.

O mercado de implementos rodoviários vem apresentando números crescentes neste ano na comparação com 2020. De janeiro a maio, foram emplacadas 62.552 unidades, dentre equipamentos leves e pesados, alta de 67,5% sobre igual período do ano passado. As vendas estão sendo suportadas por segmentos como agronegócio, construção civil e infra-estrutura, onde os produtos de maior procura são os da linha pesada. “Historicamente, as vendas de carrocerias sobre chassi são maiores em volume do que as de reboques e semirreboques. A situação é resultado do momento atual de desequilíbrio da economia interna”, analisa José Carlos Spricigo, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

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