Porto de Itajaí, um dos mais importantes da região. Foto: Marcos Porto/ Prefeitura de Itajaí

As exportações catarinenses registraram, no primeiro quadrimestre de 2019, o melhor resultado dos últimos cinco anos. O faturamento no período foi de US$ 2,74 bilhões, 3,3% acima dos US$ 2,65 bilhões de 2018. O desempenho foi melhor do que em 2017 (US$ 2,63 bi), 2016 (US$ 2,24 bi), e 2015 (US$ 2,55 bi).

Com o resultado, o Estado atinge números semelhantes aos de 2014, quando registrou US$ 2,78 bilhões em vendas. Assim, se aproxima do patamar de exportações do período considerado pré-crise. Os números são do Ministério da Economia, divulgados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).

Juntos, os cinco municípios que mais exportaram na Região Norte de Santa Catarina entre janeiro e abril movimentaram US$ 644,14 milhões, o equivalente a fatia de 24% de todas as exportações catarinenses. E a localização estratégia dos municípios que compõem a mesorregião é fundamental para esse resultado. A região de Joinville, que abriga o maior polo industrial catarinense, está estrategicamente localizada nas margens da BR 101, principal rodovia para o escoamento da produção industrial.

No raio de 250 quilômetros, os portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul, mais os terminais de uso privado (TUP) Porto Itapoá e Portonave – Terminal Portuário Navegantes, que formam o Complexo Portuário Catarinense. Juntos esses portos e terminais movimentaram, de janeiro a abril, US$ 4,049 bilhões. Isso, incluindo cargas produzidas dentro e fora de Santa Catarina, pois operam cargas de aproximadamente 20 unidades da Federação.

A necessidade de melhorias

No entanto, apesar dos números significativos, a região ainda é carente com relação a implementação de projetos. Todos focados na permissão transitar com mais velocidade na malha logística como um todo, beneficiando fluxo de cargas e população. “Nossa BR 101 foi transformada em uma via urbana para o trânsito dos habitantes das cidades por onde ela passa, pelo fato de não termos marginais que recebam todo o fluxo urbano sem interferir na pista de rolagem. Isso impede que ela seja uma autoestrada dedicada aos veículos em curso de viagem”, diz o Gerente Coorporativo de Logística da Termotécnica, Wanderley Venancio. A empresa, com sua matriz em Joinville e mais cinco plantas fabris no País, é líder nacional em soluções em poliestireno expandido (EPS). Hoje, tem nas exportações uma boa parcela de sua receita.

Venancio destaca ainda os problemas de acesso aos portos, que se tornam opções muito complexas em termos de lead-time por conta do trânsito. “Isso leva empresas usuárias a colocar mais recursos no fluxo e mais investimento em capital e estoques para garantir abastecimento.” O executivo complementa que acesso rápido aos portos, desburocratização e políticas voltadas a este segmento reduziriam significativamente o número de veículos nas rodovias ligando sul ao nordeste e norte. “Seria razoável colocar em prática o que já temos pronto em projetos no papel, a exemplo das duplicações urgentes nos acessos aos portos”, acrescenta.

Já para Cleber Wilson Genero, Diretor de Suprimentos e Logística do Grupo Tigre, as atividades relacionadas à Logística são fundamentais. “A performance do setor é determinante na obtenção dos resultados e nos ganhos de competitividade de uma empresa. Debater o tema é indispensável para que todos possamos crescer, diante da importância que a área assumiu nos últimos anos.”

Fonte: Logistique – Assessoria de Imprensa 

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